Cachaça da Tulha

No passado li uma matéria a respeito de uma degustação, realizada em São Paulo, na qual foi eleita a melhor cachaça do país (consequentemente do mundo) pelos eruditos do assunto. A safra de 2007 da Cachaça da Tulha levou a melhor.

Este ano, novamente, ela leva a melhor com a safra de 2008. Como adoro uma cachaça de qualidade, enviei um e-mail para a produtora questionando onde eu poderia consegui-la aqui em Goiás para uma degustação sem moderações com alguns seletos amigos. Fiz o pedido diretamente a eles, que me enviaram duas cachaças: uma envelhecida em tonéis de jequitibá e outra envelhecida em tonéis de carvalho.

A Cachaça da Tulha é elaborada na Fazenda São José do Mato Seco, em Mococa, interior de São Paulo, por Guto e Veva Quintella. Construída no final do século XIX para o cultivo de café, a propriedade foi adquirida pelo casal em 2001 e passou por um processo de reestruturação para dar início à produção de cachaça de qualidade. A tulha, antigamente usada para armazenar grãos de café, foi adaptada para alojar os tonéis de carvalho e jequitibá em que a bebida é envelhecida, dando origem ao nome Cachaça da Tulha.

Tirada no corte manual, sem o uso de queimadas, adquire vida na fermentação, com leveduras selecionadas, e cresce na destilação, que reserva apenas a melhor parte do produto.

Com graduação alcoólica de 41%, tem 70% de cachaça-base (envelhecida três anos em carvalho europeu e seis meses em tonel de amburana), 15% da cachaça envelhecida em bálsamo, 10% em jequitibá e 5% em carvalho americano. O resultado, segundo os especialistas, é uma bebida fina e delicada, que desce macia, sem queimar.

Cada garrafinha de 750ml custa R$90,00 e só foram produzidas 2,5 mil unidades para este ano.